Ainda que a pesquisa acadêmica sobre a meditação da atenção plena não seja tão robusta como, por exemplo, a alimentação ou o exercício, existe razões pelas quais tem sido parte da vidas das pessoas há milhares de anos. E estamos começando a obter uma melhor compreensão de por que parece ser benéfica em tantos aspectos da vida, para o manejo da doença e da dor, do sono e para o controle das emoções.
1. Reduz o estresse – literalmente. Uma pesquisa publicada no mês passado na revista Health Psychology, resultante do Projeto Shamatha, mostra que a meditação não está associada apenas a sentir menos estresse, como também está ligada à diminuição dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
2. Nos permite conhecer quem realmente somos. A meditação pode nos ajudar a ver além desses óculos cor de rosa quando precisamos analisar a nós mesmos de forma realmente objetiva. Um estudo publicado na revista Psychological Science, e traduzido aqui, mostra que a atenção plena pode nos ajudar a conquistar os “pontos cegos”, que podem ampliar ou diminuir as nossas próprias falhas relativas à percepção da realidade.
3. Pode melhorar o aproveitamento escolar. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Santa Barbara, demonstraram que estudantes universitários que foram treinados em atenção plena apresentam melhor desempenho na seção de raciocínio verbal nos exames (GRE), e também sentem melhorias em sua memória de trabalho. “Nossos resultados sugerem que o cultivo da atenção plena é uma técnica eficaz para melhorar a função cognitiva, com consequências de amplo alcance”.
4. Pode ajudar as tropas militares. O Marine Corps americano está em processo de avaliar como o treinamento dm meditação da atenção plena poderia melhorar o desempenho e a capacidade dos soldados em lidar com o estresse.
5. Pode ajudar as pessoas com artrite a lidar melhor com o estresse. Um estudo de 2011 na revista Annals of Rheumatic Disease mostra que, apesar de treinamento da mente não ser capaz de ajudar a diminuir a dor de pessoas com artrite reumatóide, pode ajudar a diminuir o estresse e a fadiga. Veja mais aqui.
6. Provoca mudanças no cérebro como forma de proteção. Pesquisadores da Universidade do Oregon descobriram que o treinamento em integração corpo-mente – que é uma técnica de meditação – pode resultar em mudanças no cérebro que são capazes de proteger contra a doença mental. A prática de meditação foi relacionada com conexões de sinalização aumentadas no cérebro bem como um aumento no tecido de proteção aumentada (mielina) em torno dos axônios na região do cingular anterior do cérebro.
7. Funciona como o “botão de volume” do cérebro. Já se perguntou por que a meditação pode fazer você se sentir mais focado? É porque ajuda o cérebro a ter um melhor controle sobre o processamento da dor e das emoções, especificamente por meio do controle de ritmos alfa corticais (que desempenham um papel sobre a quais sentidos físicos as nossas mentes estarão atentas), de acordo com um estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, traduzido aqui.
8. Faz a música soar melhor. A meditação melhora nosso engajamento focado na música, ajudando-nos a realmente apreciar e experimentar o que estamos ouvindo, de acordo com um estudo publicado na revista Psychology of Music.
9. Nos ajuda mesmo quando não estamos praticando formalmente. Você não precisa estar meditando para que a prática possa beneficiar o processamento emocional do seu cérebro. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, e traduzido aqui, mostrando que a resposta da região cerebral da amígdala ao estímulo emocional é alterada por meio da meditação, e este efeito ocorre mesmo quando uma pessoa não está ativamente meditando.
10. Quatro elementos que nos ajudam de maneiras diferentes. Os benefícios da atenção plena com relação à saúde pode ser resumido a quatro elementos, de acordo com um estudo publicado na Perspectives on Psychological Science: consciência corporal, auto-conhecimento, a regulação da emoção e da regulação da atenção.
11. Pode ajudar o médico a realizar melhor o seu trabalho. Médicos, prestem atenção: a meditação pode ajudá-los a cuidar melhor de seus pacientes. Pesquisa da Universidade de Rochester Medical Center mostra que os médicos treinados em meditação são menos críticos, mais auto-conscientes e melhores ouvintes na interação com os pacientes. Veja a tradução aqui.
12. Faz de você uma pessoa melhor. Os benefícios da meditação para quem a pratica são maravilhosos. Mas também pode beneficiar as pessoas com quem interagimos, tornando-nos mais compassivos, de acordo com um estudo publicado na revista Psychological Science. Pesquisadores das Univerdidades Northeastern e Harvard demonstraram que a meditação está relacionada com um comportamento mais virtuoso. Veja a tradução aqui.
13. Pode reduzir um pouco o estresse associado ao câncer. Pesquisa do Jefferson-Myrna Brind Center of Integrative Medicine mostra que a meditação, juntamente com arte-terapia, pode diminuir com sucesso os sintomas de estresse entre mulheres com câncer de mama. Além disso, os exames de imagem mostram que a meditação está ligada a mudanças cerebrais relacionadas ao estresse, emoções e recompensa.
14. Pode ajudar os idosos a se sentirem menos solitários. A solidão entre os idosos pode ser perigosa, na medida em que sabidamente eleva os riscos relacionados a uma série de doenças. Mas pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, descobriram que a meditação ajudou a diminuir esses sentimentos de solidão entre os idosos, e aumentar a sua saúde, e reduzindo a expressão de genes relacionados com a inflamação.Vejam mais aqui.
15. Pode diminuir os seus gastos com saúde. Não só a sua saúde pode se beneficiar do treinamento de meditação, mas o seu bolso também. Pesquisa publicada no American Journal of Health Promotion mostra que a prática da Meditação Transcendental está relacionada com a redução dos custos médicos anuais, em comparação com pessoas que não praticam a técnica de meditação.
16. Pode nos ajudar no inverno. A meditação da atenção plena e exercícios podem diminuir os efeitos desagradáveis de resfriados. Pesquisadores da Universidade de Wisconsin constataram que as pessoas que se envolvem nessas práticas perdem menos dias de trabalho por conta de infecções respiratórias agudas, e também sentem redução na duração e na gravidade dos sintomas.
17. Reduz o risco de depressão entre as mulheres grávidas. Uma em cada cinco mulheres grávidas irão sofrer de depressão, mas aqueles que têm um elevado risco de depressão podem se beneficiar da prática ioga com plena atenção. “A pesquisa sobre o impacto da atenção yoga em mulheres grávidas é limitada, mas encorajadora”, diz o pesquisador Dr. Maria Muzik, MD, professor assistente de psiquiatria da Universidade de Michigan. “Este estudo constrói as bases para futuras pesquisas sobre como aioga pode levar a um sentimentos positivos e de segurança em relação à gravidez.”
18. Também reduz o risco de depressão entre os adolescentes. A prática da atenção plena ensinada a adolescentes, por meio de programas escolares, pode ajudá-los a sentir menos estresse, ansiedade e depressão, segundo um estudo da Universidade de Leuven.
19. Pode ajudar na perda de peso. Tentando perder alguns quilos para chegar a um peso saudável? A meditação pode ser de grande ajuda, de acordo com uma pesquisa realizada com psicólogos pela Consumer Reports e pela Associação Americana de Psicologia. O treinamento em atenção plena foi considerado uma estratégia “excelente” ou “boa” para perda de peso, por sete dos dez psicólogos envolvidos na pesquisa.
20. Ajuda você a dormir melhor. Um estudo da Universidade de Utah demonstrou que o treinamento em atenção plena, pode não só nos ajudar a controlar melhor nossas emoções, como também pode nos ajudar a dormir melhor. “As pessoas que relataram níveis mais elevados de atenção plena dizem ter melhor controle sobre suas emoções e comportamentos durante o dia. Além disso, níveis maiores de atenção foram associados com menor ativação na hora de dormir, o que pode trazer benefícios para a qualidade do sono e para a capacidade de manejar o estresse”, o pesquisador Holly Rau, disse em um comunicado.
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