“Desde o começo do mundo que o homem sonha com a paz. Ela está dentro dele mesmo. Ele tem a paz e não sabe. É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo”.

O texto acima não saiu dos evangelhos nem de uma escritura budista. É da música “Todos estão surdos”, sucesso de 1971 de Roberto Carlos. Mas o interessante é notar que mesmo o senso comum intui que a paz esteja dentro de nós, e que basta fecharmos os olhos para encontrá-la.

O problema é que o ruído incessante da mente nos torna “surdos” para essa realidade, e pouca gente põe a teoria em prática. Para mudar isto, é preciso aprender a “meditar”.

Meditação é o nome que se dá à prática de fechar os olhos, ficar em silêncio e voltar a atenção para dentro de si. Ao contrário de tudo o que estamos acostumados, meditar não significa fazer algo, mas deixar de fazê-lo.

Como nos ensina a música do Roberto ou qualquer tratado sobre meditação, a paz já está dentro de nós, não é preciso fabricá-la. A gente só precisa ficar em silêncio para que ela possa vir à tona.

Uma metáfora muito usada quando o assunto é meditação é a do céu nublado. O sol, todo poderoso, fica por algum tempo encoberto pelas frágeis nuvens, como se não existisse.

O sol simboliza nossa invencível paz interior, temporariamente bloqueada pelas nuvens dos pensamentos, ocupados apenas da realidade exterior.

Meditar é deixar que as nuvens da mente se dissipem para que o sol interior possa brilhar.

Para estancar o fluxo caótico dos pensamentos, o que se faz é colocar a atenção sobre uma única coisa, uma âncora, digamos.

Essa âncora pode ser o fluxo da respiração, uma imagem, um ponto no corpo. Ou pode ser apenas a atenção sobre o momento presente, sem deixar que a mente remoa o passado ou se preocupe com o futuro.

Como tudo na vida, o sucesso na meditação depende de treino. E o começo pode ser desafiador, já que a maioria das pessoas simplesmente nunca se sentou imóvel e em silêncio. Mas quem vence a resistência inicial e transforma a meditação em hábito garante: são doces os frutos da meditação.

Benefícios da Meditação

“Sempre fui uma pessoa muito ansiosa. Às vezes, nem dormia por causa de uma preocupação. Mas a prática liberta a gente dessa angústia”, diz Anderson Jacob, arquiteto de 35 anos.

Os resultados da meditação foram tão transformadores que ele resolveu se tornar monge zen budista. Anderson, hoje, é o monge Kojun, que ensina meditação em seu apartamento do Jardim Irajá.

O silêncio também mudou a vida de Mario Palumbo, de 80 anos. O italiano radicado em Ribeirão entrou no seminário ainda criança e foi padre por anos. Mais tarde, deixou a batina, se casou, mas nunca abandonou a Igreja Católica. Há 15 anos, Mario descobriu a meditação cristã e, desde então, se dedica à prática.

“Hoje, vejo a vida com muito mais suavidade, com muito mais compaixão. Adquiri mais calma. Até minha saúde melhorou”, conta o ex-padre.

A ciência comprova que – independentemente de crenças religiosas – a meditação faz bem para a saúde física, emocional e mental. A prática ajuda no controle de doenças como hipertensão, insônia, ansiedade, depressão e estresse, entre outras.

Segundo o psicanalista Rubens de Aguiar Maciel, que usa a meditação num programa de redução de estresse da Faculdade de Saúde Pública da USP, os meditadores desenvolvem autocontrole, empatia e tolerância com os outros.

“A meditação ativa a parte do cérebro ligada a emoções positivas, como amor, bondade, segurança pessoal e bem estar”, explica Maciel.

Caso você realmente queira se iniciar na meditação é importante que aprenda da maneira correta e tenha um acompanhamento neste processo.

É por isso que o especialista em Meditação Saulo Fong criou um Workshop Gratuito e Online acessível a qualquer pessoa que queira realmente aprender como meditar e assim superar a ansiedade.

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